terça-feira, 16 de junho de 2009

Turma da Mônica Jovem



Desde que foi criada, em 1963, Mônica sempre teve seis ou (mais recentemente) sete anos de idade. A partir de agora, porém, a eterna dentucinha tem 16 anos, e não é mais baixinha nem gorducha. Pelo contrário, em Turma da Mônica Jovem, nova linha de gibis com traço mangá, Mônica é uma adolescente magrinha e com corpo bem delineado. Todos os personagens da Turma sofreram algumas mudanças:

Mônica cresceu e agora é uma adolescente, mesmo assim, ainda tem seu coelhinho Sansão (e ainda o usa de vez em quando). Ela e a Magali continuam sendo as super melhores amigas. Desde que era criança, Mônica era a líder do grupo, e isso continua, mas com uma pequena diferença: ela tem tido um grande amor por seu amigo Cebola e não consegue esconder esse sentimento. Mônica continua dentucinha e quanto ao seu peso, desde que tinha 12 anos ela faz regime. Na quarta edição ela finalmente beija o Cebola.

Cebolinha agora prefere ser chamado simplesmente de "Cebola" e continua um garoto esperto e muito inteligente. Não faz mais 'planos infalíveis' para derrotar a Mônica e se tornar o dono da rua. Agora ele quer conquistar o mundo com os seus projetos para um mundo melhor. Não troca mais os 'erres' pelo 'eles' desde que fez tratamento com uma fonoaudióloga, mas quando fica nervoso acaba trocando as letras, principalmente em jogos de vídeo-game, na frente de meninas e perto de Mônica. Escondia o seu amor pela Mônica na infância, mas agora não consegue mais esconder esse sentimento. Na 9ª edição Cebola fica super enciúmado pelo novo garoto da escola, que está dando cima de sua amada.


Magali continua "comilona", mas de uma maneira saudável. Seu gato Mingau e a gata de rua Aveia, tiveram muitos filhotes para desespero de seu pai.

Cascão agora toma banho. Não gosta, mas toma por causa da Maria Cascuda. Não gosta muito de RPGs (pelo menos é o que ele diz). Adora praticar esportes, um de seus favoritos é o skate.

Mesmo que tome banho, Cascão ainda tem a maior bagunça do mundo no seu quarto, para desespero de sua mãe.

A evolução da Turma se deu para conquistar um público jovem que cresceu lendo histórias da turminha, mas que hoje devora todo e qualquer mangá – o quadrinho japonês – que chega às bancas brasileiras. Segundo Maurício de Sousa: “Nas histórias da Turma Jovem serão abordadas questões típicas do mundo adolescente, que incluem namoro, sexo e drogas”.

O cartunista tinha a intenção de explorar o mundo dos mangás há muito tempo. O pai da turma da Mônica é fã e amigo do falecido Osamu Tezuka – o chamado “Walt Disney japonês (criador de clássicos como A Princesa e o Cavaleiro) – e nunca escondeu ter sido influenciado por ele. Aliás, impossível esconder, já que o traço normal da turminha já se assemelha bastante à principal característica do quadrinho japonês: os olhos grandes. Não é à toa que o dinossaurinho Horácio é sucesso no Japão.

O traço de Mônica Jovem pouco muda além do crescimento dos personagens em si. Mas adquire a tradicional característica visual dos mangás, na qual em determinados momentos da HQ os personagens são desenhados com traço infantilizado, para demonstrar raiva ou vergonha, por exemplo.

Já os argumentos mudam bastante, até porque Maurício incorpora os mangás de fantasia. Logo no primeiro número, por exemplo, há uma história bem amalucada na qual os pais dos personagens se revelam guardiões de um antigo segredo japonês e os quatro personagens principais embarcam rumo às “4 dimensões mágicas”.

Maurício já incorporou neste gibi outra característica peculiar deste tipo de mangá, o humor sexual. Explica-se: as HQs japonesas fazem piadinhas/brincadeiras que envolvem sexo, de maneira não erótica, apenas engraçada. Já no primeiro número da Turma Jovem há duas cenas de humor “picante“ entre Mônica e Cebolinha (em uma delas, Mônica aperta a cabeça do rapaz entre seus seios) e um duplo sentido sobre a demora do Cascão no banheiro, que envolve uma justificativa sobre gel que encontra paralelo em Quem vai ficar com Mary.

O primeiro exemplar da revista teve um inesperado sucesso de vendas, tendo esgotado 57% da tiragem inicial na primeira semana de lançamento, em Agosto de 2008. Diante deste sucesso, a editora Panini Comics aumentou a tiragem da revista dos iniciais 80.000 exemplares paa 230.000 exemplares, um número maior do que a primeira edição da revista em 1970, que foi de 200.000 exemplares.


As edições posteriores tiveram a sua tiragem aumentada para em média 375 mil exemplares, e as quatro primeiras edições venderam juntos mais de um milhão e meio de exemplares.


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