terça-feira, 16 de junho de 2009

Mônica


Em 1959, o repórter policial Maurício de Sousa, da Folha da Manhã (atual Folha de São Paulo) criou uma série de tiras em quadrinhos com um cãozinho e seu dono e ofereceu o material para os redatores da Folha. Maurício, natural da pequena cidade de Santa Isabel, já trabalhava a cinco anos no jornal e sempre sonhara em se tornar desenhista, mas só com aqueles dois personagens - chamados de Bidu e Franjinha - conseguiu sua grande chance. Nos anos seguintes, o cartunista criou vários personagens (a maioria baseada em integrantes de sua família) entre os quais Cebolinha (1960) e Cascão (1961). Mas só em 1963 surgiria o personagem que mudaria sua vida: Mônica, que já na primeira tira socava um então cumprido e cabeludo Cebolinha.

Mônica mora com os pais, tem um cãozinho chamado Monicão e vive pra baixo e pra cima agarrada a um coelho de pelúcia. E este coelho, que ela trata com todo o carinho, também serve de "arma" contra os meninos.

Em 1970, a revista Mônica foi lançada nas bancas, já com tiragem de 200 mil exemplares. Foi seguida, dois anos depois, pela revista Cebolinha e, nos anos seguintes, pelas publicações do Chico Bento, Cascão, Magali, Pelezinho e outras.
Os personagens de Maurício estão em gibis, livros, desenhos animados, CD-ROMs, games, Internet (www.monica.com.br), histórias por telefone, discos, parques temáticos, nos mais variados produtos (de meias a fraldas e macarrão instantâneo) e, mais recentemente, na TV - o quadrinista assinou acordo com a Rede Globo, maior emissora do país, para a veiculação de desenhos.

Hoje, além dos quadrinhos - onde aparece na história como líder imbatível e dona absoluta da rua - Mônica é estrela de cinema, teatro, tem vários produtos que levam seu nome, faz campanhas educativas e comerciais de tevê. Estrela mais versátil, impossível.

A história principal é a do núcleo da turma da Mônica, no qual uma turminha de amiguinhos de idade média de seis anos vive historinhas divertidas do cotidiano, envolvendo brincadeiras, relacionamentos com os pais e amigos, namoricos, etc. Com o mesmo estilo de historinhas bem-humoradas e geralmente voltadas para um público mais infantil são abordados a temática caipira e a vida no interior (em Chico Bento); aventuras no mundo pré-histórico e uma pitada de filosofia (turma do Horácio); natureza e lendas (Turmas da Mata e do Papa-Capim); aventuras espaciais com uma certa nostalgia aos tempos não tão tecnológicos (Astronauta); temas jovens (Tina) e um certo humor negro muito leve e divertido (Penadinho).

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