quinta-feira, 18 de junho de 2009

A Mulher Maravilha (em inglês Wonder Woman) é uma super-heroína de histórias em
quadrinhos e desenhos animados da DC Comics. Ela é a princesa de Themyscira, filha da rainha das amazonas, Hipólita. Sua mãe a criou a partir de uma imagem de barro, à qual cinco deusas do Olimpo deram vida e presentearam com superpoderes. Já adulta, foi enviada para o "mundo dos homens" para espalhar uma missão de paz, bem como lutar contra o deus da guerra, Ares. Tornou-se integrante da Liga da Justiça, assim como Superman e Batman. Ela foi a primeira heroína a ser criada, em 1941, por William Moulton Marston, sob o pseudônimo de Charles Moulton, pela DC Comics. Estreou em All Star Comics #8 (Dez. 1941).

Marston, Como o criador de um instrumento de medição crucial para o desenvolvimento do detector de mentiras: o polígrafo, concluiu por suas experiências de que as mulheres eram mais honestas e confiáveis do que os homens. E pôde trabalhar com seu personagem mais eficientemente.

Os poderes da Mulher Maravilha são enormes: Força física sobre-humana (capaz de rivalizar com seres poderosos como Superman), grande velocidade e agilidade e grande resistência física. A resistência dela, no entanto, é confusa, dado que pode suportar rajadas de seres poderosos, mas não resiste a balas, flechadas e tiros, e usa seus braceletes para desvia-los. É dito que tem a força de Héracles, a sabedoria de Atena, a beleza de Afrodite e a velocidade de Hermes. No Pré-crise, ela tinha o dom de planar sozinha, substituído pela capacidade de voar (atribuída em versões atuais). Também no Pré-Crise, ela possuía telepatia. Ela também é treinada em todas as habilidades de luta armada e desarmada da antiga Grécia. Ela fala as línguas Themysciriana, Grego moderno e antigo, Inglês, Português, Espanhol, Francês, Mandarim, Chinês, Russo e Hindi.

A Mulher Maravilha , além dos poderes, recebeu dos deuses presentes que ajudam a aumentar suas habilidades: dois braceletes indestrutíveis, que usa para desviar projéteis e raios, uma tiara que pode ser usada como bumerangue e um laço mágico inquebrável que faz com que as pessoas tocadas digam a verdade. O laço também fez o deus Ares enxergar a loucura de seus atos, pois se destruísse todos os humanos, não teria mais adoradores. Em histórias posteriores, escritas por Joe Kelly (o arco "Paraíso Imperfeito", na revista em quadrinhos/banda desenhada da Liga da Justiça) foi explicado que este laço (às vezes apelidado de laço da verdade) é um símbolo da verdade em nosso mundo, cabendo a Mulher Maravilha , portanto, o papel de guardiã da verdade. A Mulher Maravilha possuía uma espécie de rádio receptor/emissor de ondas telepáticas, com os quais podia se comunicar com as Amazonas que estavam em Themiscyra.

Na versão original a Mulher Maravilha possuía um avião invisível feito do metal fictício Amazonium (pois ela não voava), causa de muitas piadas e que aos poucos foi sendo retirado das histórias. Mas seu uso destacado no seriado da TV dos anos 70 e nos desenhos dos Super Amigos fez com que ele fosse reutilizado algumas vezes nesse período. Com a versão da Mulher Maravilha de George Perez, foi estabelecido que ela poderia voar com seus próprios poderes e o avião foi descartado. Recentemente, o avião foi reintegrado à cronologia, sendo um dote da raça dos aliens lansiranianos.


História Pré Crise

A Ilha Paraíso era habitada pelas antigas amazonas da mitologia, e não havia homens na ilha. A Mulher Maravilha veio ao mundo na Ilha Paraíso como uma estátua de menina criada por Hipólita, rainha das amazonas. Tão apaixonada por sua escultura, a rainha pediu aos deuses que dessem vida a figura, e foi atendida (semelhante ao mito grego de Pigmaleão). Recebeu o nome de Diana. Junto com a vida, os deuses também deram várias habilidades a garotinha, que já em tenra idade era forte capaz de arrancar uma árvore a mãos nuas e correr mais que uma gazela. Quando Diana estava adulta, Steve Trevor, piloto da Força Aérea americana colidiu com seu avião na Ilha Paraíso. A rainha Hipólita decretou que a amazona que vencesse diversas provas entre elas teria a incumbência de levar Steve de volta aos EUA, e se tornaria uma campeã em nome das amazonas em território americano. Proibida de participar por sua mãe, Diana se disfarçou e ganhou o contesto que incluía lutas armadas sobre kangoos (espécies de canguru nativos da Ilha Paraíso), competição de corrida, e aparar balas com seus braceletes. A Mulher Maravilha adotou a identidade secreta de Diana Prince, uma enfermeira da Força Aérea americana. Era apaixonada por Steve Trevor. Nesta versão ela não voava realmente (planava em correntes de ar) e usava um rádio de ondas telepáticas. Na história publicada em Sensation Comics #1, janeiro de 1942, havia uma enfermeira de nome Diana Prince, a qual a Mulher Maravilha ajudou. Esta Diana aceitou deixar que a super-heroína, que desejava ficar do lado do paciente Steve Trevor, assumisse sua identidade enquanto ela partiu para junto de um soldado namorado seu, que estava na América do Sul. Uma das personagens coadjuvantes de maior sucesso era a gordinha Etta Candy, uma das fãs da Mulher Maravilha denominadas "Garotas Hollyday" (conforme tradução para o português na revista brasileira "Coleção DC 70 anos #3", da Editora Panini, julho de 2008).

Como oponentes, a Mulher Maravilha tinha diversos vilões clássicos da Era de Ouro dos Quadrinhos (Maligna (originária de Saturno), Giganta, Mulher-Leopardo, Rainha Clea (da Atlântida), Doutora Veneno, a sacerdotisa Zara), algumas reformuladas na Era de Prata e que continuam aparecendo nas histórias modernas.


Sem Poderes

No ano de 1969, as amazonas alcançaram seu 10.000º ano na Terra, e com isso tinham que se deportar para outra dimensão, a fim de renovar seus poderes. A Mulher Maravilha recusou-se aacompanha-las, pois Steve Trevor, seu amado, havia sido culpado de alta traição pelos EUA, e ela queria encontrá-lo e ajudar a limpar seu nome. Como resultado, Diana perdeu seus poderes e pediu afastamento da Liga da Justiça.

Diana abandonou as roupas tradicionais e os óculos, e passou a adotar um novo visual, para chamar a atenção de Steve e fazer com que ele esquecesse a Mulher Maravilha . Ela, neste estado, estrelou uma série cujo título em português era As aventuras de Diana (Publicada na revista brasileira Quem Foi? Da Ebal, com algumas histórias reeditadas pela Abril), na qual era um tipo de agente secreto, ajudada por I-Ching, um mestre oriental.

A ausência de poderes durou até 1972, quando Gloria Steinem, a editora real da revista feminista Ms. Magazine,já citada, ofendida pelo fato da maior super-heroína estar sem poderes, a pôs na capa da revista Ms. Magazine #1 com seu traje original. Isto gerou polêmica, e a DC rapidamente, em fevereiro de 1972, restaurou a Mulher Maravilha com seu traje e poderes clássicos.


"Morte"

No final de Crise nas Infinitas Terras, Mulher Maravilha recebeu uma rajada do Antimotor, que involuiu seu corpo de modo que retornou no tempo, voltando a ser barro da Ilha Paraíso. Um último tributo a Mulher Maravilha Pré-crise foi vista em Legend of Wonder Woman, mini-série escrita por Kurt Busiek, 1986. Nesta saga, as amazonas se reúnem perante Hipólita, que conta uma aventura de Diana que houve antes de sua "morte". Ao final, a deusa Afrodite aparece, e diz que estava usando seu poder para manter esta versão pré-crise da Ilha Paraíso e suas habitantes a parte das mudanças causadas pela Crise nas Infinitas Terras; Hipólita diz que não deseja isso. Afrodite então atende seu pedido, eliminando os escudos místicos sobre a ilha. A ilha e as amazonas pré-crise começam a se dissolver, como se nunca tivessem existido. Como um último súplicio, Afrodite as transforma em estrelas. Todas as memórias e existência desta versão da Ilha-Paraíso, assim como a Mulher Maravilha do Pré-Crise, deixam de existir...


Pós Crise

A primeira aparição de Mulher Maravilha , na cronologia DC pós-crise, é Wonder Woman vol. 2, #1 (Feb. 1987) De acordo com a última redefinição da cronologia da Mulher Maravilha feita por George Perez após a Crise das Infinitas Terras, Hipólita e o restante das amazonas seriam a reencarnação de mulheres que ao longo da história morreram como resultado do ódio e da incompreensão dos homens. No caso, Hipólita foi a primeira mulher morta por um homem; a Princesa Diana (A Mulher Maravilha ) era a encarnação da filha não nascida desta mulher. Antes de serem exiladas na Ilha Paraíso, as Amazonas viveram na Grécia, de onde foram banidas após um conflito com Heracles (Hercules) e seus exércitos. Mulher Maravilha só teria vindo ao mundo dos homens após Crise, o que também causou dela não ter participado da fundação da Liga da Justiça. Atualmente ela também não possui identidade secreta. A Mulher Maravilha ganhou de Gaia, a Deusa Terra, o poder da telepatia e também o poder dos braceletes, que ao serem tocados soltam rajadas cósmicas capazes de ferir super-seres, além, é claro, de nenhum telepata conseguir invadir sua mente, graças à tiara. Etta Candy se casaria com o já idoso Steve Trevor, reintroduzido nas aventuras atuais.

Série

Mulher-Maravilha (Wonder Woman) foi uma série de tv norte-americana, protagonizada por Lynda Carter, baseada na personagem das histórias em quadrinhos da DC Comics e produzida entre 1975 e 1979.

Em 1974, uma primeira versão, protagonizada por Cathy Lee Crosby, teve seu long-metragem piloto exibido. Chamou pouca atenção por não ater-se à versão clássica da personagem.

A série protagonizada por Lynda Carter, que obteria imenso sucesso, teve início com um longa piloto ("The New Original Wonder Woman") baseado na primeira história da personagem, passada durante a II Guerra Mundial, mostrando suas origens na Ilha Paraíso, localizada no centro do “Triângulo das Bermudas” " e habitada pelas amazonas por milênios. As amazonas, refugiadas ali do patriarcalismo da Antiguidade, conservaram consigo os segredos da imortalidade e poderes divinos. Em 1942, o piloto americano Steve Trevor (Lyle Waggoner), ferido após um combate vitorioso com uma aeronave nazista, cai na ilha. Ao resgatar Trevor, as amazonas descobrem que o mundo exterior está em guerra contra o Nazi-Fascismo, o qual ambiciona escravizar toda a humanidade. Hipólita, a rainha amazona, decide enviar a mais poderosa de suas guerreiras para auxiliar os Aliados a derrotar o III Reich (o qual assemelha-se a uma nova versão de seus opressores patriarcais ancestrais), escolhendo-a através de uma competição atlética em estilo olímpico. A eleita acaba sendo a bela Princesa Diana, que parte armada de poderosos presentes divinos. Chegando aos EUA, Diana deixa Trevor em um hospital e quase imediatamente começa sua luta contra espiões e sabotadores nazistas, que planejam bombardear Washington, DC. Então, as forças da tirania e do terror descobrem um poderoso inimigo, uma campeã da liberdade e da democracia: a Mulher-Maravilha.

Para esta versão definitiva, o papel caiu perfeitamente na então desconhecida Lynda Carter, e o roteiro do piloto foi totalmente fiel à primeira história em quadrinhos da personagem.

A princesa Diana usa o uniforme clássico dos quadrinhos, além de suas armas tradicionais: o Cinturão do Poder , os famosos Braceletes Protetores e o Laço Mágico Dourado, que tem o poder fazer dizer a verdade as pessoas por ele envolvidas. Também surge seu misterioso "avião invisível" (misterioso por nunca se revelar onde fica pousado). Entre as fraquezas demonstradas no primeiro ano da série estão a remoção do Cinturão (os nazistas capturavam-na em armadilhas com éter, clorofórmio ou bombas de gás. O Major Steve Trevor torna-se o virtual par romântico da heroína, mas sempre platônico.

Ao sucesso deste piloto seguiu-se uma série de TV regular, com o mesmo elenco principal. Após o primeiro ano, a série mudou de exibidor, passando da rede ABC à CBS, que apresentou As Novas Aventuras da Mulher-Maravilha ("The New Adventures of Wonder Woman") com uma abordagem mais contemporânea e passando-se a partir do ano de 1977.

Sete anos depois, em 1974, foi feita uma segundatentativa de levar a personagem para a TV, dessa vez através da Warner Brothers.Lynda Carter ganhou o papel principal e o coração de milhões de adolescentes ao redor do mundo. A série marcou a atriz para sempre e sua imagem é a mais associada a personagem entre todas as existentes. Isso acabou por dificultar as coisas para Linda, pois os produtores de TV achavam que o público teria dificuldade em vê-la em outro papel.

Na série, Linda Carter é Diana Prince, princesa das Amazonas, membros de uma civilização onde os homens não existiam e as mulheres eram forte guerreiras, praticando esportes radicais e duelos entre sí. O Major Steve Trevor vai para na ilha e por pouco não é morto para que não revelasse a localização da ilha. Diana resolve ajudá-lo e vai trabalhar como secretária na aéronáutica, mas o Major não se lembra de sua verdadeira identidade.

A série com Linda Carter foi ao ar, nos EUA, em 12 de março de 1974 e saiu do ar em 07 de novembro de 1975. No Brasil ela foi apresentada pela Rede Globo no final dos anos 70.

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