quinta-feira, 18 de junho de 2009

Considerações Finais

Observando os quadrinhos mais de perto, em sua função midiática de definidor de padrões através de suas imagens como “espelhos” do tempo social em que estão inseridos, percebemos um real paralelismo entre as mudanças no retrato das figuras femininas (foco central do artigo) e as mudanças no comportamento social que as mulheres enfrentaram ao longo de pouco mais de um século.

Analisando mais a fundo as particularidades em volta do sujeito feminino e a estética que o cerca, conseguimos compreender um pouco melhor porque a junção destes dois elementos que parecem existir desde sempre sobrevive até hoje. Ainda assim, inserindo alguns dos aspectos estudados na psicologia de Freud dentro do contexto social contemporâneo, chegamos a um certo entendimento da situação atual, onde a questão da estética ganha proporções inacreditáveis.

Por fim, lançado o olhar para a estética das figuras femininas dentro das H, Qs, observa-se que estas seguem o padrão que fica claro dentro do tópico sobre estética e beleza. A imagem da mulher sempre vem representada como estética do belo de seu tempo.

A questão da estética assim, diferentemente da análise comportamental feita previamente, transcende o tempo intacta, podendo o leitor encontrar personagens mais recatadas ou liberais, indefesas ou tomando parte da ação, mas que compartilham da característica que parece assim considerada por tantos parte inerente do gênero feminino – a beleza.


6 - Compilação de personagens femininas de diferentes autores em homenagem ao Dia da Mulher - site Universo HQ

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Estética nas HQs

Analisamos a questão das mudanças comportamentais separadamente justamente para dar mais ênfase a questão da estética própria do feminino antes de iniciar este tópico. Na realidade não existiram mudanças significativas na representação da estética feminina em mais de cem anos da Arte dos quadrinhos. Diferentemente do que ocorre no padrão comportamental, onde gastamos páginas de analise do histórico das personagens para chegar à conclusão das notáveis mudanças que ocorrem em paralelo com os padrões sociais, no nível da estética isso não procede.

Lógico, não devemos confundir, existem mudanças no que é considerado esteticamente mais próximo da beleza ideal, em outras palavras, o padrão de beleza da década de 1920 não é o mesmo do século XXI, existem diferenças neste nível de representação, mas em toda e qualquer época a figura da mulher é associada à estética do belo de seu tempo.


A figura ao lado é um bom exemplo a se observar. Ambos são retratos da super-heroína “Mulher-Maravilha”, porém datados de diferentes épocas. Na esquerda encontramos a figura da heroína em meados da década de 1940 e do lado direito sua versão mais atual. O leitor não precisa de ajuda para perceber que existe diferença em seu retrato, porém o que destacamos aqui é que em ambos os casos a Mulher-Maravilha está representando um ideal de beleza, posto o contexto social em que se insere.


Dessa forma percebe-se que o binômio “mulher-beleza” analisado no tópico acima sempre fez parte da representação da figura feminina na mídia dos quadrinhos, e que, salvo algumas mudanças no referente a padrões de beleza, a personagem mulher continua como principal representante dessa estética.

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Estética e Beleza

“A Beleza não conta com um emprego evidente; tampouco existe claramente qualquer necessidade cultural sua. Apesar disso, a civilização não pode dispensá-la.” (S. Freud, “Futuro de uma ilusão / O mal-estar na civilização e outros trabalhos”, 2006)

A estética sempre entrou na lista de temas enigmáticos para muitos estudiosos de diferentes áreas. Se olharmos através da Antropologia a estética parece sempre ter sido parte da condição humana. Desde as pinturas rupestres contemporâneas ao Período Paleolítico já era possível identificar um processo em direção a uma certa estética nas imagens. A História da Arte também está como cúmplice neste projeto que demonstra que a busca por uma determinada forma, cor ou enfeite parece ter sempre sido parte inerente ao comportamento dos homens.

Mas o que nos interessa aqui não é discutir a fundo a origem da estética em si, mas sim analisar uma ligação bastante profunda que parece existir entre o sujeito feminino e a noção de beleza (estética do belo).

Exemplos salientando o poder resultante da ligação entre a beleza e a figura da mulher são inúmeros. Desde a sexualidade de Eva que capta a atenção do “demônio” e que depois seduz Adão levando ao Pecado Original na tradição bíblica, até a presença, por exemplo, de uma Deusa da Beleza (Afrodite) no campo mítico grego. O uso do adjetivo “belo” relacionando-se ao sujeito feminino parece uma relação tão natural quanto antiga na civilização ocidental. Cabe assim a questão se essa referência seria apenas construída a partir de um meio social ou se existe algo que realmente conecta intimamente o gênero feminino e a sua estética.

Em 1925 Freud escreve um texto de nome bastante explicativo por assim dizer: “Algumas Conseqüências Psíquicas da Diferença Anatômica entre os Sexos” e nele desenvolve a idéia da importância da anatomia na construção do psíquico do indivíduo, principalmente do superego. Nesse texto o psicanalista insere conceitos como a “inveja do pênis” que seria própria do sexo feminino. A menina ao não possuir referência anatômica visível de seu sexo (como a masculina) sofre uma ferida em seu narcisismo primário. Dessa maneira, como forma de compensação, o sujeito feminino iria supervalorizar tudo aquilo que lhe é visível, ou seja, seu corpo como um todo, sua estética por assim dizer.

“(...) o narcisismo primário, estruturante do Eu Ideal e matriz organizadora do Ideal do Eu, está relacionado a uma forma; é implicado por uma estética. Mas, disso já sabíamos pela formulação lacaniana acerca do estágio do espelho. O que se nos apresenta como novo é a forma, a estética como destino feminino, isto é: há um entrelaçamento entre a estética e a mulher desde o início de sua constituição psíquica e tal relação que é tão antiga quanto a formação de seus ideais, participa da construção de seu superego.(...)” (S. Medeiros, “O Belo e a Morte”, 2005)

Assim da mesma maneira que percebemos claramente a propagação deste pensamento (ligando estética e feminino) através de um meio social também encontramos na Psicanálise explicações que nos mostram a estreita conecção entre os dois termos desde as primeiras fases de desenvolvimento do indivíduo. Desta forma como resultado da adição dessas duas vertentes (difundida socialmente e intrínseca ao sujeito feminino) temos apenas uma potencialização da idéia inicial – a estética e o feminino andando juntos. A mulher que já possui por si só uma ligação com sua forma, ao receber informações, exemplos e idéias do meio social onde está inserida (tornando assim mais evidente sua conecção com a estética) tende a elevar ainda mais esse comportamento. Não é difícil perceber tal fato, basta observar quanto tempo uma mulher em média passa cuidando de sua aparência, tentando adequá-la a um padrão estipulado na sociedade como esteticamente belo.

Na sociedade atual vivemos o supra-sumo desta idéia do binômio mulher-beleza. A idéia de atração que o belo trás consigo prende a atenção do olhar, e numa sociedade onde as imagens ganham mais destaque do que nunca, um segundo da atenção do consumidor em potencial pode ser decisivo para o sucesso ou não de uma venda. Assim encontramos muito mais a figuras de mulheres do que de homens no meio da imagens contemporâneas agindo de duas formas: como identificação com um modelo para o público feminino e como objeto desejável para o público masculino.

Concluindo, numa sociedade onde a presença de mídias (principalmente visuais) é fato marcante, e sabendo a importância que o olhar assim adquire, é de fácil percepção entender a elevação exagerada da condição estética atual que exige um padrão quase impossível de se manter.

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A Mulher Maravilha (em inglês Wonder Woman) é uma super-heroína de histórias em
quadrinhos e desenhos animados da DC Comics. Ela é a princesa de Themyscira, filha da rainha das amazonas, Hipólita. Sua mãe a criou a partir de uma imagem de barro, à qual cinco deusas do Olimpo deram vida e presentearam com superpoderes. Já adulta, foi enviada para o "mundo dos homens" para espalhar uma missão de paz, bem como lutar contra o deus da guerra, Ares. Tornou-se integrante da Liga da Justiça, assim como Superman e Batman. Ela foi a primeira heroína a ser criada, em 1941, por William Moulton Marston, sob o pseudônimo de Charles Moulton, pela DC Comics. Estreou em All Star Comics #8 (Dez. 1941).

Marston, Como o criador de um instrumento de medição crucial para o desenvolvimento do detector de mentiras: o polígrafo, concluiu por suas experiências de que as mulheres eram mais honestas e confiáveis do que os homens. E pôde trabalhar com seu personagem mais eficientemente.

Os poderes da Mulher Maravilha são enormes: Força física sobre-humana (capaz de rivalizar com seres poderosos como Superman), grande velocidade e agilidade e grande resistência física. A resistência dela, no entanto, é confusa, dado que pode suportar rajadas de seres poderosos, mas não resiste a balas, flechadas e tiros, e usa seus braceletes para desvia-los. É dito que tem a força de Héracles, a sabedoria de Atena, a beleza de Afrodite e a velocidade de Hermes. No Pré-crise, ela tinha o dom de planar sozinha, substituído pela capacidade de voar (atribuída em versões atuais). Também no Pré-Crise, ela possuía telepatia. Ela também é treinada em todas as habilidades de luta armada e desarmada da antiga Grécia. Ela fala as línguas Themysciriana, Grego moderno e antigo, Inglês, Português, Espanhol, Francês, Mandarim, Chinês, Russo e Hindi.

A Mulher Maravilha , além dos poderes, recebeu dos deuses presentes que ajudam a aumentar suas habilidades: dois braceletes indestrutíveis, que usa para desviar projéteis e raios, uma tiara que pode ser usada como bumerangue e um laço mágico inquebrável que faz com que as pessoas tocadas digam a verdade. O laço também fez o deus Ares enxergar a loucura de seus atos, pois se destruísse todos os humanos, não teria mais adoradores. Em histórias posteriores, escritas por Joe Kelly (o arco "Paraíso Imperfeito", na revista em quadrinhos/banda desenhada da Liga da Justiça) foi explicado que este laço (às vezes apelidado de laço da verdade) é um símbolo da verdade em nosso mundo, cabendo a Mulher Maravilha , portanto, o papel de guardiã da verdade. A Mulher Maravilha possuía uma espécie de rádio receptor/emissor de ondas telepáticas, com os quais podia se comunicar com as Amazonas que estavam em Themiscyra.

Na versão original a Mulher Maravilha possuía um avião invisível feito do metal fictício Amazonium (pois ela não voava), causa de muitas piadas e que aos poucos foi sendo retirado das histórias. Mas seu uso destacado no seriado da TV dos anos 70 e nos desenhos dos Super Amigos fez com que ele fosse reutilizado algumas vezes nesse período. Com a versão da Mulher Maravilha de George Perez, foi estabelecido que ela poderia voar com seus próprios poderes e o avião foi descartado. Recentemente, o avião foi reintegrado à cronologia, sendo um dote da raça dos aliens lansiranianos.


História Pré Crise

A Ilha Paraíso era habitada pelas antigas amazonas da mitologia, e não havia homens na ilha. A Mulher Maravilha veio ao mundo na Ilha Paraíso como uma estátua de menina criada por Hipólita, rainha das amazonas. Tão apaixonada por sua escultura, a rainha pediu aos deuses que dessem vida a figura, e foi atendida (semelhante ao mito grego de Pigmaleão). Recebeu o nome de Diana. Junto com a vida, os deuses também deram várias habilidades a garotinha, que já em tenra idade era forte capaz de arrancar uma árvore a mãos nuas e correr mais que uma gazela. Quando Diana estava adulta, Steve Trevor, piloto da Força Aérea americana colidiu com seu avião na Ilha Paraíso. A rainha Hipólita decretou que a amazona que vencesse diversas provas entre elas teria a incumbência de levar Steve de volta aos EUA, e se tornaria uma campeã em nome das amazonas em território americano. Proibida de participar por sua mãe, Diana se disfarçou e ganhou o contesto que incluía lutas armadas sobre kangoos (espécies de canguru nativos da Ilha Paraíso), competição de corrida, e aparar balas com seus braceletes. A Mulher Maravilha adotou a identidade secreta de Diana Prince, uma enfermeira da Força Aérea americana. Era apaixonada por Steve Trevor. Nesta versão ela não voava realmente (planava em correntes de ar) e usava um rádio de ondas telepáticas. Na história publicada em Sensation Comics #1, janeiro de 1942, havia uma enfermeira de nome Diana Prince, a qual a Mulher Maravilha ajudou. Esta Diana aceitou deixar que a super-heroína, que desejava ficar do lado do paciente Steve Trevor, assumisse sua identidade enquanto ela partiu para junto de um soldado namorado seu, que estava na América do Sul. Uma das personagens coadjuvantes de maior sucesso era a gordinha Etta Candy, uma das fãs da Mulher Maravilha denominadas "Garotas Hollyday" (conforme tradução para o português na revista brasileira "Coleção DC 70 anos #3", da Editora Panini, julho de 2008).

Como oponentes, a Mulher Maravilha tinha diversos vilões clássicos da Era de Ouro dos Quadrinhos (Maligna (originária de Saturno), Giganta, Mulher-Leopardo, Rainha Clea (da Atlântida), Doutora Veneno, a sacerdotisa Zara), algumas reformuladas na Era de Prata e que continuam aparecendo nas histórias modernas.


Sem Poderes

No ano de 1969, as amazonas alcançaram seu 10.000º ano na Terra, e com isso tinham que se deportar para outra dimensão, a fim de renovar seus poderes. A Mulher Maravilha recusou-se aacompanha-las, pois Steve Trevor, seu amado, havia sido culpado de alta traição pelos EUA, e ela queria encontrá-lo e ajudar a limpar seu nome. Como resultado, Diana perdeu seus poderes e pediu afastamento da Liga da Justiça.

Diana abandonou as roupas tradicionais e os óculos, e passou a adotar um novo visual, para chamar a atenção de Steve e fazer com que ele esquecesse a Mulher Maravilha . Ela, neste estado, estrelou uma série cujo título em português era As aventuras de Diana (Publicada na revista brasileira Quem Foi? Da Ebal, com algumas histórias reeditadas pela Abril), na qual era um tipo de agente secreto, ajudada por I-Ching, um mestre oriental.

A ausência de poderes durou até 1972, quando Gloria Steinem, a editora real da revista feminista Ms. Magazine,já citada, ofendida pelo fato da maior super-heroína estar sem poderes, a pôs na capa da revista Ms. Magazine #1 com seu traje original. Isto gerou polêmica, e a DC rapidamente, em fevereiro de 1972, restaurou a Mulher Maravilha com seu traje e poderes clássicos.


"Morte"

No final de Crise nas Infinitas Terras, Mulher Maravilha recebeu uma rajada do Antimotor, que involuiu seu corpo de modo que retornou no tempo, voltando a ser barro da Ilha Paraíso. Um último tributo a Mulher Maravilha Pré-crise foi vista em Legend of Wonder Woman, mini-série escrita por Kurt Busiek, 1986. Nesta saga, as amazonas se reúnem perante Hipólita, que conta uma aventura de Diana que houve antes de sua "morte". Ao final, a deusa Afrodite aparece, e diz que estava usando seu poder para manter esta versão pré-crise da Ilha Paraíso e suas habitantes a parte das mudanças causadas pela Crise nas Infinitas Terras; Hipólita diz que não deseja isso. Afrodite então atende seu pedido, eliminando os escudos místicos sobre a ilha. A ilha e as amazonas pré-crise começam a se dissolver, como se nunca tivessem existido. Como um último súplicio, Afrodite as transforma em estrelas. Todas as memórias e existência desta versão da Ilha-Paraíso, assim como a Mulher Maravilha do Pré-Crise, deixam de existir...


Pós Crise

A primeira aparição de Mulher Maravilha , na cronologia DC pós-crise, é Wonder Woman vol. 2, #1 (Feb. 1987) De acordo com a última redefinição da cronologia da Mulher Maravilha feita por George Perez após a Crise das Infinitas Terras, Hipólita e o restante das amazonas seriam a reencarnação de mulheres que ao longo da história morreram como resultado do ódio e da incompreensão dos homens. No caso, Hipólita foi a primeira mulher morta por um homem; a Princesa Diana (A Mulher Maravilha ) era a encarnação da filha não nascida desta mulher. Antes de serem exiladas na Ilha Paraíso, as Amazonas viveram na Grécia, de onde foram banidas após um conflito com Heracles (Hercules) e seus exércitos. Mulher Maravilha só teria vindo ao mundo dos homens após Crise, o que também causou dela não ter participado da fundação da Liga da Justiça. Atualmente ela também não possui identidade secreta. A Mulher Maravilha ganhou de Gaia, a Deusa Terra, o poder da telepatia e também o poder dos braceletes, que ao serem tocados soltam rajadas cósmicas capazes de ferir super-seres, além, é claro, de nenhum telepata conseguir invadir sua mente, graças à tiara. Etta Candy se casaria com o já idoso Steve Trevor, reintroduzido nas aventuras atuais.

Série

Mulher-Maravilha (Wonder Woman) foi uma série de tv norte-americana, protagonizada por Lynda Carter, baseada na personagem das histórias em quadrinhos da DC Comics e produzida entre 1975 e 1979.

Em 1974, uma primeira versão, protagonizada por Cathy Lee Crosby, teve seu long-metragem piloto exibido. Chamou pouca atenção por não ater-se à versão clássica da personagem.

A série protagonizada por Lynda Carter, que obteria imenso sucesso, teve início com um longa piloto ("The New Original Wonder Woman") baseado na primeira história da personagem, passada durante a II Guerra Mundial, mostrando suas origens na Ilha Paraíso, localizada no centro do “Triângulo das Bermudas” " e habitada pelas amazonas por milênios. As amazonas, refugiadas ali do patriarcalismo da Antiguidade, conservaram consigo os segredos da imortalidade e poderes divinos. Em 1942, o piloto americano Steve Trevor (Lyle Waggoner), ferido após um combate vitorioso com uma aeronave nazista, cai na ilha. Ao resgatar Trevor, as amazonas descobrem que o mundo exterior está em guerra contra o Nazi-Fascismo, o qual ambiciona escravizar toda a humanidade. Hipólita, a rainha amazona, decide enviar a mais poderosa de suas guerreiras para auxiliar os Aliados a derrotar o III Reich (o qual assemelha-se a uma nova versão de seus opressores patriarcais ancestrais), escolhendo-a através de uma competição atlética em estilo olímpico. A eleita acaba sendo a bela Princesa Diana, que parte armada de poderosos presentes divinos. Chegando aos EUA, Diana deixa Trevor em um hospital e quase imediatamente começa sua luta contra espiões e sabotadores nazistas, que planejam bombardear Washington, DC. Então, as forças da tirania e do terror descobrem um poderoso inimigo, uma campeã da liberdade e da democracia: a Mulher-Maravilha.

Para esta versão definitiva, o papel caiu perfeitamente na então desconhecida Lynda Carter, e o roteiro do piloto foi totalmente fiel à primeira história em quadrinhos da personagem.

A princesa Diana usa o uniforme clássico dos quadrinhos, além de suas armas tradicionais: o Cinturão do Poder , os famosos Braceletes Protetores e o Laço Mágico Dourado, que tem o poder fazer dizer a verdade as pessoas por ele envolvidas. Também surge seu misterioso "avião invisível" (misterioso por nunca se revelar onde fica pousado). Entre as fraquezas demonstradas no primeiro ano da série estão a remoção do Cinturão (os nazistas capturavam-na em armadilhas com éter, clorofórmio ou bombas de gás. O Major Steve Trevor torna-se o virtual par romântico da heroína, mas sempre platônico.

Ao sucesso deste piloto seguiu-se uma série de TV regular, com o mesmo elenco principal. Após o primeiro ano, a série mudou de exibidor, passando da rede ABC à CBS, que apresentou As Novas Aventuras da Mulher-Maravilha ("The New Adventures of Wonder Woman") com uma abordagem mais contemporânea e passando-se a partir do ano de 1977.

Sete anos depois, em 1974, foi feita uma segundatentativa de levar a personagem para a TV, dessa vez através da Warner Brothers.Lynda Carter ganhou o papel principal e o coração de milhões de adolescentes ao redor do mundo. A série marcou a atriz para sempre e sua imagem é a mais associada a personagem entre todas as existentes. Isso acabou por dificultar as coisas para Linda, pois os produtores de TV achavam que o público teria dificuldade em vê-la em outro papel.

Na série, Linda Carter é Diana Prince, princesa das Amazonas, membros de uma civilização onde os homens não existiam e as mulheres eram forte guerreiras, praticando esportes radicais e duelos entre sí. O Major Steve Trevor vai para na ilha e por pouco não é morto para que não revelasse a localização da ilha. Diana resolve ajudá-lo e vai trabalhar como secretária na aéronáutica, mas o Major não se lembra de sua verdadeira identidade.

A série com Linda Carter foi ao ar, nos EUA, em 12 de março de 1974 e saiu do ar em 07 de novembro de 1975. No Brasil ela foi apresentada pela Rede Globo no final dos anos 70.

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Mulher Maravilha

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quarta-feira, 17 de junho de 2009

Supergirl


Kara Zor-El, mais conhecida como Supergirl, ou Super-moça é uma personagem de histórias em quadrinhos da DC Comics. Antes de sua criação. Houve várias personagens que utilizaram o conceito de uma versão feminina do Superman.

A primeira vez que uma personagem chamada Supergirl apareceu foi em Superman #123 (Agosto 1958), criada por Otto Binder e Al Plastino, numa história em que Jimmy Olsen, de posse dum totem místico, desejou a existência duma Supergirl para ajudar Superman. Após mais atrapalhar do que ajudar, esta criatura morreu protegendo o Superman de um meteoro de Kryptonita.

Superman #123: Super-Girl. Arte por Curt Swan.


Em Action Comics #252 (Maio 1959), iniciou-se a publicação da série regular de estórias de uma prima adolescente do Superman, vinda diretamente do planeta Krypton.

Nessa versão, a Supermoça é Kara Zor-El, prima de Kal-El, o Superman. Ela havia sobrevivido a explosão de Krypton pois Argo City, a cidade em que morava, conseguiu permanecer intacta em sua redoma protetora. Quando, ao passar por uma chuva de meteoros, a aboboda e o solo de Argo City foi perfurado, a radiação de kryptonita começou a vazar pelo solo. Isto foi matando os kryptonianos ali; como último recurso, Zor-El enviou Kara ao planeta Terra para se salvar na única nave existente.


Action Comics #285 (Fevereiro 1962), Supergirl foi introduzida ao mundo. Arte por Curt Swan.

Vem para a Terra usando um uniforme parecido com o de seu primo. Ao encontrar Superman, este lhe pede que continue em segredo, até que ele resolva apresentá-la a Humanidade. Kara passa a viver então em um Orfanato (Midvale) com o nome de Linda Lee. Usa uma peruca morena de tranças, para esconder seu cabelo loiro. Depois foi adotada pelo casal Danvers, passando a se chamar Linda Lee Danvers. Apesar de permanecer em segredo, continua a agir como uma versão feminina do Superman. Em uma dessas saídas secretas, conhece Atlantis (a cidade de Aquaman) e namora um tritão adolescente (Jerro). Depois Superman finalmente a revela para o mundo. A Supermoça também entrou para a Legião dos Super-Heróis, onde conheceu Brainiac 5, outro de seus namorados.

Depois de várias mudanças de uniforme e relançamentos da personagem, a Supermoça original foi morta pelo Anti-Monitor na saga Crise das Infinitas Terras, publicada em 1985. Ademais, a própria saga eliminou quaisquer memórias a respeito desta Supermoça, dado que quando os heróis enfrentaram o Anti-Monitor na aurora do Tempo, a história foi mudada, e esta Supergirl nunca existiu para os efeitos do Pós-crise, sendo Superman o último kriptoniano vivo.


Supergirl (matriz)

Matrix como Supergirl de Adventures of Superman #502. Arte por Tom Grummet.

John Byrne lançaria uma versão não humana da Supermoça que ficou conhecida como Matriz. Superman achou-a na dimensão chamada Mundo Compacto. Matriz foi uma criatura artificial criada pelo Lex Luthor daquele mundo, que era bondoso. Este Luthor usou DNA de Lana Lang do Mundo Compacto junto a uma substância chamada protomatéria. Esta Lana havia morrido devido a destruição provocada por 3 criminosos kryptonianos que Luthor ingenuamente libertou da Zona Fantasma. Matriz tinha Super-força e velocidade mas diferente da Supermoça original ela era uma transmorfa e não era kryptoniana, ela também podia lançar poderosas rajadas mentais e tinha uma habilidade telecinética. Ela também podia assumir a forma de outras pessoas e ficar invisível.

Essa Supermoça chegou a se apaixonar por Lex Luthor do nosso mundo, acreditando que o mesmo fosse bondoso assim como o Luthor do Mundo Compacto e a ter um relacionamento com ele, e por muitos anos foi sua aliada. Mas após ela descobrir que ele tentou cloná-la várias vezes, ela tentou matá-lo e foi impedida por Supeeman. Após isso ela ficou vagando pela terra sem lembranças de seu planeta natal sem identidade e sem poucos laços afetivos. Para salvar a vida de uma jovem chamada Linda Lee Danvers, ela fundiu-se com ela, tendo agora o poder de assumir uma identidade secreta real.


A nova Supergirl


Capa de Supergirl #78. Arte por Ed Benes.

Recentemente, em Superman/Batman #8, uma nova Supergirl, também prima de Superman, ressurgiu. Isto aparentemente elimina por completo quaisquer memórias a respeito da original. Quando Krypton estava para explodir, o pai de Kara Zor-El, ajustou a espaço-nave da filha para seguir a espaço-nave do seu primo Kal-EL. Kara era uma criança crescida enquanto Kal-El era apenas um bebê rescém nascido. Durante a viagem pelo espaço Kara ficou em animação suspensa dentro de um enorme pedaço do planeta, ao chegar a terra o asteróide se quebrou e a nave caiu no porto de Gotham City e ela foi encontrada por Batman. Com a queda do asteróide no planeta, a Kryptonita passou a ser abundante e tendo também novas variações, como a Kryptonita vermelha, azul e preta. Ao ser encontrada por Batman, sozinha e assustada ela fugiu e tempo depois descobriu que seu primo é o heroi conhecido como Superman e é mais velho do que ela. Em uma de suas aventuras teve de enfrentar Lex Luthor, e quando estava prestes a morrer, Luthor lançou um raio de kryptonita negra nela fazendo com que seu lado sombrio saísse dela, e forçando-a a enfretar seu demônio interior. Kara residiu na Ilha paraíso junto com a Mulher-Maravilha e lutou no espaço (durante a saga Crise Infinita) para proteger o mundo.

Na saga da "Nova Krypton", supergirl teve sua verdadeira origem revelada após ser abduzida por Brainiac, descartando sua história anterior. ela foi a sobrevivente que escapou da destruição de Argo City, cidade que escapou milagrosamente da explosão de Krypton num grande bloco de asteroíde que se converteu em anti-kryptonita, devido a alta concentração de chumbo no solo da cidade. fugindo nos dominios de Brainiac, salva pelo seu pai Zor-EL numa espaço-nave partindo para a Terra. com a explosão de Argo City causada por Brainiac, a sua espaço-nave foi engolida pelos grandes fragmentos da cidade em rota de direção para a terra.

Após uma grande explosão, todos os super-heróis que lutavam no espaço foram mandados para lugares diferentes (como visto na minissérie 52). Ao fim da Crise Infinita, Supergirl foi para o século 31 e está lutando ao lado da Legião dos Super-Heróis. Ela também aparece nas revistas do Superman. Nestas histórias, lutou junto com Poderosa para proteger a cidade de Kandor. Logo após estas lutas, ela vive hora como uma adolescente, hora protegendo o mundo como a Supergirl.


Supergirl - O Filme

É um filme sobre a prima do Super-herói Superman (ou Super-Homem), lançado em 1984 e estrelado por Helen Slater. Foi produzido no embalo do sucesso dos filmes do último filho de Krypton pelo produtor Ilya Salkind. Na história, Kara-El vem à Terra e se disfarça como Linda Lee para tentar recuperar o Omegaheadron, a fonte de energia de seu atual planeta. O objeto, porém, está nas mão da bruxa Selena (interpretada por Faye Dunaway), que tenta utilizá-lo para conquistar o mundo.


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Superwoman - 1984

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Mulher Gato


A personagem surgiu em 1940, na revista Batman # 1, com o nome original "The Cat", e não usava nenhum uniforme especial. Desde as primeiras histórias, The Cat já era uma ladra e Batman sempre demonstrou uma certa complacência em relação à felina: após recuperar os frutos do roubo de The Cat, Batman simplesmente deixava a mocinha escapar.

Durante um bom tempo, Bob Kane (criador do Batman e de grande parte das personagens da série, juntamente com Bill Finger) tentou encontrar o visual e o nome ideal para a personagem. Depois de

algumas aparições como The Cat, ela se transformou em Selina Kyle, uma dona de lojas de animais que simplesmente decidiu se tornar ladra e mudou o nome para Mulher Gato (Catwoman). Vestida com um esvoaçante vestido de seda e portando um chicote, ela se tornou uma das personagens mais sexies da história dos quadrinhos.

A maioria de seus crimes era relacionada com gatos e Selina nunca foi nada mais que uma ladra. Não era necessariamente uma personagem "má", mas sim uma aventureira que sentia um prazer especial em burlar a lei e trazer dor de cabeça para o batman.

Desde o início também ficou subentendida uma certa tensão sexual e um atrativo romântico entre a Mulher Gato e o Batman. Talvez, na cabeça dos criadores da personagem, nada melhor para pegar um rato voador do que um gato, ou melhor, uma gata.

Com a onda de moralização que varreu os quadrinhos durante os anos 50, a personagem acabou ficando um pouco para escanteio, até que, graças à batmania deflagrada pela série de TV estrelada por Adam West (Batman) e Burt Ward (Robin), a Mulher Gato voltou ao auge.

Na série, ela era vivida primeiramente pela atriz Julie Newmar (foto acima). Na imaginação da maioria dos fãs, nunca houve nem haverá uma Mulher Gato como Newmar. Sexy e divertida, a versão da Mulher Gato vivida por Newmar não tinha a dualidade moral da personagem dos quadrinhos. Ela era uma vilã, mas ainda assim sedutora e carismática. Uma femme fatale vestida em látex e com orelhas de gato. Nem o Batman poderia resistir ao seu charme. O sucesso da personagem foi tanto que, nos quadrinhos, a Mulher Gato passou a ser retratada fisicamente de forma semelhante à personagem da série.

O sucesso do seriado do Batman foi tamanho que decidiram fazer um longa metragem com as personagens. Como a série, o longa era nada mais nada menos que uma sátira exagerada ao universo dos Comics. No filme, um grupo de vilões, formado pelo Coringa (Cesar Romero), Charada (Frank Gorshin), Pingüim (Burgess Meredith) e Mulher Gato, decide atacar os líderes mundiais, cabendo à dupla dinâmica impedir esse vil intento. Na época, Julie Newmar não estava disponível, pois estava filmando O Ouro de MacKenna (famoso pela cena em que ela aparece "nua"), e foi substituída quase à altura por Lee Meriwether (foto à direita), uma ex-Miss América.

Na terceira temporada da série, saiu Julie Newmar e entrou a cantora Eartha Kitt (foto abaixo) em seu lugar. A explicação oficial foi a de que Julie Newmar estava com a agenda cheia no período. No entanto, segundo as más línguas, tudo não passou de uma manobra para não deslocar as atenções do público para a Batgirl como possível interesse romântico do Batman. Isso porque a Mulher Gato de Eartha Kitt é muito mais cômica e exagerada que a protagonizada por Newmar.

Pouco tempo depois, também foi lançado um desenho animado estrelado por Batman e Robin. Nele, o uniforme da Mulher Gato, apesar de verde, era inspirado no do seriado. Ela era uma vilã propriamente dita, cercada de capangas e dirigia um Gatomóvel e um Gatocóptero - todos com enormes orelhas de gato.

Nos quadrinhos, a personagem continuou sua vida de ladra, com algumas ressalvas. Na década de 70, no universo conhecido como Terra 2 (uma cópia da Terra oficial da DC, no qual os heróis eram todos mais velhos), Selina Kyle abandonou o mundo do crime e se casou com Bruce Wayne. Os dois tiveram uma filha, Helena Wayne. Selina foi morta por um de seus ex-parceiros de crime, o que levou Helena a se tornar a heroína Caçadora. Tal história foi aproveitada anos depois na série de TV Birds of Prey (SBT e Warner), estrelada pelas personagens Caçadora (Helena Kyle), Oráculo (Bárbara Gordon) e Canário Negro (Dinah). Infelizmente, o seriado foi cancelado logo na primeira temporada.

Mas eis que chegamos ao ano de 1985 e ocorre na DC Comics um mega evento chamado Crise nas Infinitas Terras. A maioria das personagens clássicas da DC passou por reformulações em suas origens, apesar de seus aspectos essenciais terem sido mantidos. Miller, que já havia escrito o aclamado Batman Cavaleiro das Trevas, escreve Batman Ano Um em parceira com David Mazzucchelli (desenhos, antigo parceiro de Miller em

Demolidor) e Richard Lewis (cores). Batman Ano Um, como o próprio nome diz, narra os infortúnios do Cavaleiro das Trevas no seu primeiro ano de combate ao crime. Selina então é retratada como uma sexy prostituta que decide abandonar o ofício para se tornar a ladra mascarada Mulher Gato.

Logo em seguida foi lançado um especial intitulado Mulher Gato, que reconta a origem da personagem. Inicialmente, Frank Miller escreveria o especial, mas após um desentendimento do autor com a editora, Mulher Gato passou para as mãos de Mindy Newell.

Newell aproveita toda a caracterização criada por Miller em Batman Ano Um e elabora uma história paralela estrelada por Selina Kyle, aqui uma prostituta de rua violentamente abusada por seu cafetão. Após passar um tempo internada em um hospital, um policial a encaminha para o herói aposentado Pantera Negra. Ele ensina Selina a lutar e a se defender. Depois disso, ela decide abandonar a vida nas ruas, tornando-se a ladra conhecida como Mulher Gato.

Certos aspectos dessa versão da heroína foram aproveitados por Jeph Loeb nas suas séries O Longo Dia das Bruxas e Vitória Sombria que, se observadas com atenção, podem ser consideradas quase como continuações de Batman Ano Um.

Nos anos que se seguiram, o passado duvidoso de Selina Kyle como prostituta foi deixado um pouco de lado, praticamente esquecido. Até tentaram recontar sua origem após o evento Zero Hora (quase uma continuação da Crise), praticamente excluindo os eventos referentes à vida de Selina como prostituta.

Em 1992, Tim Burton dirige Batman - O Retorno, segundo filme da franquia do Cavaleiro das Trevas no cinema. Aqui, Selina (vivida por Michelle Pfeiffer, ao lado na foto) era secretária de Max Schreck (Christopher Walken). Após descobrir uma de suas falcatruas, ela foi assassinada por ele. Misteriosamente, é revivida por vários gatos, tornando-se a sexy vilã Mulher Gato. Aliada ao Pingüim (Danny DeVito) coloca em ação um plano para prejudicar Gotham City e Schreck, tendo o intento de se vingar do seu ex-chefe. Como nos quadrinhos, existe uma forte atração entre a Mulher Gato e o Batman (Michael Keaton), assim como entre seus alter-egos Selina Kyle e Bruce Wayne. A atuação de Michelle Pfeiffer é marcante e torna a Mulher Gato tão sexy, dual e carismática quanto à versão protagonizada por Newmar na série de TV.

A versão Mulher Gato de Pfeiffer impressionou tanto que a personagem foi retratada loira no excelente desenho Batman The Animated Series (de Paul Dini e Bruce Timm), tal como a atriz, ao invés de morena, como nos quadrinhos. Somente depois de algumas temporadas é que a Mulher Gato passou a ter seu cabelo moreno clássico de volta. No desenho, a identidade de Selina como Mulher Gato é de conhecimento público e ela inclusive não é tão "vilã" como em suas outras versões, sendo até retratada como uma ativista de Direitos dos Animais. Enquanto isso, nos quadrinhos, a Mulher Gato começou a ganhar mais espaço dentro do universo do Morcego e passou a protagonizar sua própria revista. Escrita por Jo Duffy e desenhada por Jim Balent, a versão da Mulher Gato mostrada nessa série era muito mais aventuresca e bem humorada que a sombria versão recriada por Miller.

Recentemente, a série foi reformulada. Muitas das pontas soltas deixadas para trás, inclusive o passado de Selina Kyle como prostituta, foram retomadas e novamente explicadas. O uniforme da personagem mudou outra vez e a história enfatiza mais numa espécie de guerrilha urbana.

Loeb aproveitou bem essa "nova" Mulher Gato na sua mega saga Silêncio, publicada no Brasil pela Panini e desenhada por Jim Lee. Nela, Loeb tentou estreitar os laços entre a Mulher Gato e o Homem Morcego, tornando o romance entre os dois ainda mais explícito.

No filme Catwoman a nova Mulher-Gato (que na verdade não era bem a Mulher-Gato original, já que essa se chamava Patience Phillips) foi interpretada pela atriz Halle Berry.

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